4b Canção final

 

 

 

 

 

Mato a sede como posso

e continuo o caminho

dando a palavra e o braço

a quem não luta sozinho.

E canto quando é preciso

a raiva que enterra o choro

e mais que qualquer tesouro

enriquece o teu sorriso.

 

Ergo a força da razão

dos que semeiam a vida

dos que sabem dizer não

e endurecem na lida.

Mas colhem na primavera

o esforço de muitos anos

muito suor muitos danos

noutro tempo que se gera.

 

Deve ser contra a traição

que combate a poesia

e vale a pena a canção

que tal traição denuncia.

Se mais razões não houvesse

esta por si bastaria

torna mais claro este dia

e a certeza que assim cresce.

 

Manifestantes: «a luta continua»

 

Vasco Gonçalves: extracto do discurso em Almada em Agosto de 1975:

…«a questão é entre aqueles que querem exercer o poder no sentido de ajudarem o povo a tomar o seu destino nas suas próprias mãos, e aqueles que, pretendendo exercer o poder em nome do povo, apenas querem perpetuar a sua exploração».

 

 

luis cilia

Poesia de

Manuel Correia

  

 

 

 

 

Caixa de texto: "Transparências"

 

 

 

 

 

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