4b – Quão doce

 

 

 

 

 

 

Quão doce é a um firme namorado
um fingindo fugir da doce dama,
um dizer que não quer ir para a cama,
um não sejais, senhor, tão malcriado.

um ai que nos ouviram! que é pecado!
um ai que minha Mãe ouviu a chama!
um ai de mim, que perco honra e fama!
um não sejais, senhor, tão porfiado!

Quão doce é um suar a curvar coxas!
um dar lugar a tudo, de cansada;
um lembrai-vos, senhor, qual me deixais!

um encobrir, chorosa, as nódoas roxas;
um despedir-se, em lágrimas banhada;
contemple-o quem chegar a tempos tais!
 

 

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luis cilia

Poesia de

D. Tomás de Noronha (séc. XVII)

 

Caixa de texto: "Marginal"

 

 

 

 

 

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