3a Boda Pagã

 

 

 

 

 

Mordemos beijos nos lábios bem unidos
tivemos festa nos olhos encontrados
Soubemos inventar novos gemidos
Desconhecidos dos outros namorados.

Os bancos de jardim onde habitámos
Ficaram povoados só de ninhos
Conquistadores de sendas e caminhos
No dia de giestas em que casámos
A romaria fomos nós sozinhos.

Para dançar quisemos pandeiretas
no incêndio da sede pusemos fogo novo
numa boda pagã de povo e de poetas
a cama foi de flores e brisa verde.

luis cilia

Poesia de

Francisco Delgado

 

Caixa de texto: "La poésie portugaise de nos jours et de toujours – 2"

 

 

 

 

 

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