3a – Quando eu, amor

 

 

 

 

 

 

Quando eu, amor, ao certo em mim souber

que força te consente a minha imagem

e qual das dores que, nela, há por paisagem

te alegra, ao ser maior, e me não fere,

 

e porque o que de ti pura mulher

me é tão amargo em ventres de passagem,

embora os risos, que ouço maus, me ultrajem,

precisamente o amor com que eu tiver,

 

isento de maldade, o teu carinho

e o desses tristes ventres renovados,

e lembrem que não só por estar sozinho

apenas chora os seres nunca gerados,

 

ao certo saberei que imagem tenho

e a qual Amor, de mim a ti, eu venho.

 

luis cilia

Poesia de

Jorge de Sena

 

Caixa de texto: "Sinais de Sena"

 

 

 

  

 

 

 

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